POLICIAIS SÃO LIBERADOS
Por Ferreira Santos/jornalista

A expressão Caralho pode ser usada como surpresa ou espanto exemplo: caralho olha o tamanho daquele peixe! Mas por aqui, terra onde a justiça libera tarado, corrupto é presidente, criminoso é solto em audiência de custódia e ficar nu em praça pública é arte a expressão causou turbulência na segurança publica do DF. Aos ouvidos da alta patente militar foi quebra da disciplina.
Considerado indisciplina militar e por serem militares, são regidos por uma Lei especial, mas desde quando alguém pode ser punido por se expressar. O fato de policiais do 8º Curso Operacional de Rotam, tropa de elite da PMDF, terem usado na formatura de encerramento de curso a expressão ,Caralho, no grito de guerra foi parar no RDE e virou coisa do outro mundo. Sem a liberdade e longe da família foram mantidos por cerca de 12h na base da unidade da Rotam na Cidade do Automóvel.
A detenção seria de 72 horas, mas os protestos vindos principalmente das famílias fez com que as autoridades militares voltassem atras. A Imprensa acompanhou o caso, e nas redes sociais choveram manifestações contra a detenção importa aos policiais, o motivo uso da expressão Caralho existente desde do século X, e que já perdeu até seu significado original.
Por volta de 1h da madrugada de sábado, 2/9, o Comandante Geral da PMDF voltou atrás, e os guardiães da sociedade acabaram ganhando a liberdade, porém o caso pode continuaram em apuração na área administrativa.
A reportagem do blog teve acesso imagens do interior do prédio usado como base da Rotam. A tristeza pintava o rosto dos policias detidos, o desanimo era visível, alguns demostrava sinais de cansaço.
No estágio o curso se destacou nas operações policiais pelas 39 ocorrências, 15 armas de fogo apreendidas, 6 veículos roubados recuperados, 12 flagrante de tráfico de drogas, 38kg de drogas apreendidos, 45 presos e apreendidos e 5 foragidos da justiça recapturados em apenas 11 dias de atuação nas ruas do DF, os dados são da própria Rotam.
Os policiais são voluntários de diversas unidades da corporação, e passam três meses longe da família, buscando aperfeiçoamento na profissão, apesar de bancarem boa parte dos custos do curso do próprio bolso, esses policiais não ganham nenhum centavo a mais, trazem na bagagem conhecimentos, que serão aplicados nas ruas do DF, no combate a criminalidade. Por isso mereciam tratamento mais digno desabafou um familiar.

A Rotam é responsável pelo policiamento em todo o Distrito Federal, além de apoio constante as unidades operacionais da PMDF. No curso os policiais são submetidos a treinamentos de tropa de elite, nem todos chegam ao final. As atividade vão desde noites acampados na mata, resistência em lagos com temperatura estrema, a escaladas, rapel, abordagens diversas, incursões em edificações, tiros sobre stress e defensivo, exercícios físicos, treinamento de direção defensiva, patrulha, lições de direitos humanos e ao final estágio pelas ruas em operações policiais, onde são empregadas as técnicas adquiridas nos três meses de curso.
A canção entoada na formatura sexta-feira, 1/9 nada mais é, que uma forma de elevar a moral da tropa, de soltar o grito de emoção, por conseguir sobreviver a carga horaria e pesada do curso, que tem inicio as 5h da manhã até tarde da noite principalmente na primeira semana onde muitos candidatos ficam para trás pedem pra sair.
As imagens mostram que apesar de grande, o prédio não oferece estruturas para acomodar muita gente por mais de 24h, e para onde foram levados os 30 militares detidos, após serem ouvidos na corregedoria da PMDF. Não tem beliches nem camas seria o minimo para manter alguém por mais de um turno de serviço.
A noticia da detenção dos policiais bombou nas redes sociais, virou manchete nos principais jornais do DF, e nos telejornais das emissoras local, colegas de farda se solidarizaram alguns foram ao batalhão dá uma força aos colegas.
O momento decisivo foi a mobilização de familiares com faixas, em uma delas a frase 'direitos humanos para humanos direitos, queremos nossos heróis vivos,' se posicionaram frente ao batalhão em protesto a detenção de esposos e filhos policiais, por pequeno motivo, diante do que os policiais fazem pela sociedade comentou um dos parentes.
Segundo especialistas o militar é regido por Leis especiais, e a quebra da disciplina é punido de acordo com o RDE - Regulamento Disciplinar do Exército. Equipes de reportagem posicionadas perto da base Rotam esperavam o desfecho do episodio ou uma declaração do comandante da corporação, o que não ocorreu.

Informações de fontes ligadas a policia militar, que por volta de 1h da madrugada de sábado, o Comandante Geral foi ao batalhão, em um veículo descaracterizado, mas como a imprensa e familiares permaneciam no local, ele evitou descer do veiculo, um outro oficial teria descido e repassado a ordem para a liberação dos trinta policiais militares. Eles ainda poderão responder ou não pelos fatos ocorridos na esfera administrativa segundo fontes ligadas a corporação.
Caralho - "Segundo academia portuguesa de letras, Caralho, e a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias perscrutava o horizonte em busca de sinais de terra, lugar de castigo para marinheiros que cometiam alguma infração a bordo por sua instabilidade dar ir surgiu a expressão vai pró caralho. Os historiadores afirmam que o termo existe desde do seculo X com vários significados e conotações."