Por Ferreira Santos
A população comemora os 51 anos da cidade de Sobradinho. Como qualquer cidade aqui existe pontos pitorescos, onde pessoas se reúnem em grupos. A Falta de lazer para, crianças, Jovens e idosos, incrementa ainda mais a idéia e fez com que um grupo de aposentados criasse a AAD – Associação dos Amigos do Dominó.
Localizada a poucos metros da Rodoviária da cidade, sob a sombra de árvores, Associação dos Amigos do Dominó é a melhor opção de lazer entre aposentados que freqüentam o local. Além do lazer serve de ponto de orientação para as pessoas a procura de endereços da cidade. As autoridades precisam melhorar os serviços básicos de saúde, transporte, educação e segurança pública de Sobradinho. Mas isso é assunto para outra matéria.
Quem passa pela rodoviária de Sobradinho, não imagina que sob as sombras de duas tendas improvisadas com lonas amarelas e sustentadas por ripas de madeira, debaixo de árvores a poucos metros da rodoviária de Sobradinho, Funciona a 6 anos, Associação dos Amigos do Dominó (AAD), que tem como presidente o senhor Manuel Brás auxiliado por três diretores, a missão é fazer com o que os jogadores obedeçam as regras do jogo.
A movimentação de carros e pedestres é intensa. O local fica no coração da cidade, na Rua 7, que divide a quadra Central da quadra (2) de frente para o estacionamento onde funciona a feira da lua de Sobradinho. Seja de carro ou a pé, quem passa pelo local, já deve ter visto dezenas de pessoas reunidas entorno de uma mesa improvisada, jogando dominó. O grupo de jogadores na maioria é formado por aposentados que se reúnem em maior número no período da tarde, mas a pedra começa a rolar a partir das 11h30 da manhã e vai até as 18h30 da tarde. O jogo funciona de segunda a sábado. A entrada para o grupo é aberta a todos, basta apenas respeitar as regras.
Gilberto Rodrigues Moreira (71) é um ássiduo freqüentador. Voluntário do Hospital Regional de Sobradinho de carteirinha. Ele conta com entusiasmo, o prazer de freqüentar o local desde 2005. Sou o dono da dama, mas o dominó é o jogo favorito de todos. A cidade é muito boa e maravilhosa. Tem a festa da igreja da quadra 8, gosto de morar aqui, agente sente a falta de opções de lazer principalmente para idosos e aposentados. Sobradinho tem poucas opções de lazer, aqui (dominó) é o nosso local de lazer, de descontração, encontro e onde tiramos o estresse. Finaliza Gilberto.
Gilberto Rodrigues é o mais comunicativo entres os freqüentadores do local. Com a ajuda dos amigos ele vai revelando, segredos dos jogadores, entre uma risada e uma jogada as pedras vão tocando a batidas da conversa. O papo pega vôo, uma das revelações são as regras impostas aos freqüentadores.
Gilberto conta que não é permitido ingerir bebida alcoólica no local, fumar só a uma distância de cinco a dez metros, brigas e discussões não são permitidas, jogar apostado nem pesar. As penalidades são impostas aos infratores pelo presidente e diretores. Para quem infringir as regras do jogo. Se o jogador violar as regras uma vez, poderá ser suspenso por 15 dias, se reincidir a pena será de 30 dias, na terceira vez o jogador será eliminado e não jogará mais no local. Gilberto afirmou que o próprio presidente já sofreu punições e que jogadores já foram expulsos do grupo.
Outro simpático freqüentador do local é o senhor João Francisco, 89 anos, as mãos que segura às pedras do dominó, revelam experiência de vida. Deslizando entres os dedos calejados daquele senhor de baixa estatura e franzino, o dominó toca a mesa de jogo de forma silenciosa. Morador de Sobradinho de (1977) ele freqüenta o ponto de dominó desde, quando funcionava na Rodoviária. Todos os dias eu venho da quadra, 17, de Sobradinho para jogar, conversar, ouvir prosas e piadas, (diz). Ele confessa com voz baixa e compassada, que o dominó, as partidas e a conversa com os amigos, faz ele se sentir bem. O resultado do jogo é o que mesmos importa, Finaliza João.
O número de jogador chega a 26 nas sextas-feiras, na chegada cada jogador pega um número de ordem e espera a vez. Terminado o horário as 18h30 o dominó é recolhido e entregue a um dos diretores, que é taxista na Rodoviária de Sobradinho. No dia seguinte a atividade recomeça novamente.