OS FATOS QUE MERECEM DESTAQUES NO JORNALISMO COMUNITÁRIO: SEGURANÇA PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, ESPORTE, LAZER, CULTURA ENTRETENIMENTO. FERREIRA SANTOS - JORNALISTA.

domingo, 1 de dezembro de 2013

SAÚDE PEDE SOCORRO PM ESTAR NA UTI

PM INFARTA DURANTE SERVIÇO - MÁ CONDIÇÕES NO HOSPITAL DE SOBRADINHO ATRASA ATENDIMENTO AO POLICIAL QUE TEVE QUE SER TRANSFERIDO


Cerca de 3h após dar entrada no Hospital de Sobradinho vitima de infarto. Sargento da PM é transferido pelo SAMU para Hospital particular.



Por Ferreira Santos


Passava da meia noite, inicio de madrugada de domingo (1/12), frio, chuva nevoeiro aparentemente uma noite tranquila. Mas o silêncio  dos rádios dos carros de Polícia do 13º BPM de Sobradinho, foi quebrado com um pedido de prioridade. Um sargento do Batalhão que estava de serviço na rua passou mal e foi transportado na viatura. Segundo colegas o militar estava de serviço voluntario, quando começou a sentir fortes dores no peito esquerdo e logo ficou pálido. Atendido na emergência do Hospital Regional de Sobradinho, a medica o avaliou e logo pediu um Eletro Cardio Grama. (ECG). O terceiro sargento Edílson Sampaio é lotado no 13º BPM, trabalha com crianças carente na escolinha de futebol da unidade policial, um dos trabalhos sociais desenvolvido dentro da corporação. O resultado do exame, infarto. A transferência do policial para o Hospital Santa Helena, tinha que ser de urgência, mas durou cerca de três horas. O motivo da transferência, o Hospital de Sobradinho, não tem equipamentos nem médicos especializados, para os exames necessários, que apontaria a gravidade do infarto. A demora no transporte ficou por conta da falta de ambulância avançada, que o hospital também não disponibiliza, disseram os médicos que atenderam o policial na emergência por ultimo a burocracia.

Após o resultado do exame começou a via cruzes do policiais, em frente aos Hospital, colegas de serviço começaram a chegar, as mensagens de outros colegas que ficaram sabendo da situação do sargento não paravam de chegar aos celulares. Em cima da maca na sala de cirurgia, o sargento Sampaio reclama das fortes dores. Com o corpo tremulo, suado e com fala retida pela dor, o militar repetia, que dor, doe de mais. Agonia dos médicos e dos amigos de corporação aumentava, o militar precisava ser transferido com urgência para o Hospital particular para exame de cateterismo, assim os médicos saberiam o grau de gravidade do infarto. foram longas três horas de corre, corre, telefonemas, contatos feitos por policiais e boa vontade dos médicos do Hospital de Sobradinho, na luta contra o tempo para salvar a vida do militar. O servidor da segurança publica do capital do país, de 46 anos de idade e 27 de serviço, se juntava aos outros usuários do sistema de saúde publica do DF. A precariedade no atendimento, começa pelos corredores da emergência medica, com pacientes em cima de macas, a falta de médicos especializados, de equipamentos e ambulâncias avançadas para o transporte de pacientes greve para outros hospitais.


A dor forte no peito esquerdo do sargento Sampaio, era a mesma no coração dos colegas que estavam em frente ao hospital. Medicado e pronto para ser transportado para fazer exame que apontaria a gravidade do infarto, porém os médicos precisavam de uma UTE móvel, com médico para o transporte ao Hospital Santa Helena. O oficial de serviço ao Batalhão, foi orientado a conversar com os responsáveis do Santa Helena, e saber se o Hospital, receberiam ou não o policial, tendo em vista os contra tempos divulgados pela Imprensa em relação ao cancelamento de convênios da PMDF, que deixou policiais e familiares sem atendimento medico nos Hospitais particulares do DF. Após o contato o Hospital Santa Helena se dispôs a receber o policial. Segundo um dos médicos, que atendera o policial, o Hospital de Sobradinho não dispõem de UTE avançada destinada ao transporte de pacientes em estado grave, a salvação seria o SAMU fazer o transporte, pois o órgão disponibiliza de UTE adequada para o tipo de transporte que o policial necessitava naquele momento. Começou então uma outra batalha.


Foto da parte interna da Ambulância da Rede Publica de Saúde. Não existe equipamentos adequados para o transporte de pacientes em estado grave.


A responsável pelo setor de transporte do Hospital de Sobradinho, fez contato telefônico com a Base do SAMU, que fica na quadra central a menos de um quilometro do Hospital, quem atendeu transferiu a ligação para o ramal do medico, de inicio o telefone chamou varias vezes, mas o medico não atendeu. Uma das equipe da PM, que estava em frente ao Hospital, foi até a base da SAMU, tentar fala com o medico, então a responsável pelo transporte do hospital de Sobradinho conversou com o medico do Samu. Mas depois de uma outra conversa com uma medica do Hospital ( HRS), a resposta do medico do SAMU, deixou médicos e colegas do policial preocupados. Segundo a medica, o medico do SAMU, teria relatado que por quartões administrativas o SAMU, não faz transporte de pacientes de Hospital publico para particular. Enquanto a burocracia emperrava a transferência do militar para o Hospital particular, o sargento Sampaio gemia de dor em cima da maca.

O policial de serviço no plantão de policial do Hospital, colegas de serviço na rua e a central de atendimento da PMDF ( Ciade), se enforcavam o máximo para acharem uma solução para o impasse. Novos contatos foram feitos junto ao Samu, Bombeiros, até chamar uma ambulância da PM foi cogitado. Mas a solução estava a pouco quilometro do Hospital, uma UTE do SAMU. Outra guarnição da  PM foi novamente a base do SAMU, a guarnição conversou pessoalmente com o medico responsável, que na verdade, disse querer fazer o transporte do militar, mas esbarrava na burocracia. Enquanto conversava com a guarnição da PM, o telefone do médico tocou, ele atendeu, do outro lado da linha, parece, que alguém teria acordado para a gravidade da situação do policial e autorizou o deslocamento da equipe do SAMU, a transportar o policial para o Santa Helena e fazer os exames necessários a vida do policial milita.


Ambulância do SAMU. Equipa e indicada para transporte de pacientes grave. Mas a burocracia emperra o transporte e o trabalho dos médicos.


O contato no Hospital Particular ( Santa Helena) foi feito de imediato pelo oficial responsável pelo policiamento. Cerca de três horas após dar entrada no Hospital de Sobradinho com infarto, as 4h da madrugada de domingo (1/12), finalmente o sargento Sampaio foi transferido para o Santa Helena. Não é a primeira fez, que a falta de UTE avançada, equipamentos e médicos especializados no Hospital Regional de Sobradinho, atrasam por horas a transferência de paciente em estado grave para outro hospital público ou particular.

Momento em que o policial militar era transferido para o Santa Helena. Solidariedade foi o fator positivo.

A solidariedade entre policiais e médicos na noite de sábado (30), e madrugada de domingo (1/12), foi o ponto positivo na luta contra o tempo e a preocupação em salvar uma vida. Mensagens dos colegas de folga chegavam a todo instante nos celulares do policiais que permaneceram até a saída do carro do SAMU, do Hospital de Sobradinho com destino ao Santa Helena na Asa Norte. A união e a insistência de soldados, cabos, sargentos e do mais graduado entre eles, um subtenente e responsável pelo policiamento na noite além do bom senso dos médicos foi o que contou.

As últimas noticias dadas por familiar é que o sargento Sampaio estar na UTI do Hospital Santa Helena na Asa Norte e passa bem. Fez o cateterismo. Ele ainda sente um pouco de dor devido uma mola que foi colocada no local, porém o militar passa bem e até brincou. Na segunda ou terça-feira dessa semana ele deve deixar a UTI e seguir para um quarto do Hospital.





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